Existe diferença entre estar informada e ser impactada por uma notícia?
Enquanto muitos questionam a epidemia da informação em que vivemos, nunca foi tão essencial se policiar sobre o que de fato se está consumindo.
É aí que está a diferença entre estar informada e ser impactada.
Uma das premissas do jornalismo é dar voz à população sobre problemas, políticas e questões sociais que nos cercam. Praticar a empatia e se juntar à luta para buscar transformação da maneira que pode, são aspectos fundamentais para o exercício da cidadania.
Mas é também papel do jornalismo provocar esse impacto. Não pelo sensacionalismo. Mas pela escolha consciente de palavras, imagens, sons e silêncios.
Como editora e repórter, posso dizer que a televisão, por exemplo, tem um poder de mobilização que vai além da tela. É na pausa entre uma frase e outra, no texto bem escrito e no olhar do repórter que muitas pessoas se reconhecem — ou enxergam realidades das quais estavam afastadas.
Informar é mostrar o que acontece.
Impactar é fazer com que isso seja sentido.
E, talvez, o maior desafio da nossa profissão seja exatamente esse: equilibrar a objetividade com a sensibilidade, sem perder a credibilidade.
Se uma reportagem consegue ser sentida, ela cumpriu mais do que uma função jornalística. Cumpriu uma função social.
Você já parou para pensar em qual notícia te impactou nos últimos tempos?
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